Giovanni continuou morando na cidade onde seu pai falecera e abriu uma loja de móveis,
pois era marceneiro, profissão que aprendera com seu pai. A Marcenaria chamava-se
São José. Também filiou-se a um partido político e foi
vereador da cidade de Dois Córregos. Fundou um time de futebol chamado Mocoembu
e também fundou a Sociedade Italiana do qual foi presidente por um mandato.
Casou-se com uma filha de italianos chamada Judite Basile que morreu em uma grande
tragédia em S. Paulo.
Era o ano de 1944, João e Judite tinham 7 filhos. Judite, sua filha mais
velha Nilcea, grávida de 6 meses e seu neto José Antônio de
2 anos estavam fazendo compras na cidade. Ao atravessarem a rua, Nilcea se assustou
ao ver o Bonde descendo a rua e ficou paralisada. Judite tentou puxá-la e
não conseguindo, percebeu que já era tarde demais e arremessou seu
neto que estava em seus braços para a calçada, salvado sua vida. Porém
ela e sua filha Nilcea foram atropeladas pelo bonde, numa morte terrível.
Giuseppe Chimenti era um homem com um coração muito bom. Chegou ao
Brasil ainda menino, e aqui construiu uma grande família com sua esposa Erminia.
Tiveram 10 filhos, e junto com eles abriu uma grande empresa no ramo de persianas
na cidade de São Paulo, no bairro do Ipiranga. Sempre muito comunicativo
e com uma garra enorme, trabalhou muito para manter essa grande família.
Nas fotografias, acima: o Posto de Saúde Francisco Russo, a Praça José
Apolari e a placa, abaixo: a famìlia Tozatti Corte e três generações
da família (a filha do Francesco, Carmela Russo Sanfelice, falecida recentemente,
com filha e netas).
Pascoal Parisi veio ao Brasil com 7 anos. Teve como primeira profissão a
de ourives. O pai Vincenzo era conhecido como ferraro pela atividade de ferrar cavalos
- a qui sempre foi conhecido como veterinario; foram residir em Sorocaba, cidade
à 80 km de Sao Paulo.
Pascoal contava os hábitos do pai Vincenzo que revelam seu temperamento.
Ele gostava de reunir os netos e filhos para o "happy hour" num bar da
Praça da Sé (centro histórico de Sao Paulo); ao ser servido de vinho,
provava e, se não gostasse, batia com a bengala sobre a mesa reclamando a
troca, impaciente! Era muito independente e Pascoal mais de uma vez o flagrou andando
no estribo externo do bonde e Pascoal mandava o bonde parar para faze-lo sentar
dentro!
Nesta época, Sao Paulo era uma cidade nos moldes europeus, com bondes, as
pessoas bem trajadas, as ruas tranquilas e sem violência.
Vincenzo faleceu aos 86 anos, atropelado por um ônibus na esquina em frente de sua
casa, ao sair para comprar leite.
Pascoal, aos 18 anos foi para Ponta Grossa, cidade do estado do Paraná, onde
se casou com Marishen Holzman, filha de russos, de Kraznapov. Meu pai Eloy nasceu
em Ponta Grossa, mas logo vieram para Sao Paulo. Pascoal fez muitos negócios
e teve lá duas fazendas de café, antes da crise de 1929. Viveu em
Sao Paulo como empresario de loteamentos imobiliarios em Santos, cidade do litoral
proximo a Sao Paulo ; criou o Jardim Casqueiro e a Vila Parisi junto ao polo industrial
do porto de Santos.
Pascoal foi muito influente na politica do governo federal - então com sede
no Rio de Janeiro - dizem que ele tinha passe livre no Palácio de Governo
e tratava de tudo para todos - embora não formado na universidade, era reconhecido
pela habilidade de trato, pela educação e influencia - era conhecido como
Coronel Parisi. Foi atuante na politica e lembro de csaos ouvido por mim, ainda
criança, de sua fuga por barco, de madrugada, na Revolução Separatista de
1930.
Pascoal, às quintas-feiras, me buscava no colégio com seu chevrolet '54,
com motorista bem trajado, para o almoço em minha casa - lembro do prazer dele ao
abrir a cerveja, beliscar o queijo parmesão e se fartar com a lasagna que
minha mãe preparava! Repito sempre isso, com prazer!
Pascoal faleceu com 72 anos, teve segundo casamento com Mariazinha Guglielmo e tres
outros filhos Marion, Sandra e Sergio, estes gêmeos - dois anos mais novos que eu.
Os negócios de Pascoal foram suficientes para manter todos os filhos - apenas
Eloy seguiu carreira como médico, independente. Agora estão vivos
apenas Iva (89) e Celso (86), que é muito parecido com Pascoal e ligado a
nós.
Nosso ramo Parisi segue pelos filhos homens de Celso Filho e Sergio, já que
eu sómente tive duas filhas, Juliana e Fernanda! Ambas são essencialmente
Parisi, mas tem ascendencia também italiana, inglesa e portuguesa por parte
da mãe, Virginia ( Ferrari, Drummond e Reis ).
As estórias da familia são muito queridas e relembradas - lamentamos
que todos tenham falecido muito cedo, Eloy aos 57, Odette, minha mãe, aos
43, tal como Marishen. Os tios, entre 57 e 65 anos.
Nas novas gerações há muitas mulheres: Ana Maria, Maria Graziela,
primas, Maria Christina, minha irmã; homens, somente Celso Filho, do ramo
imobiliário, Sergio, advogado e eu, arquiteto. Quando possivel, reunimos
para um almoço, ou jantar em minha casa, falamos das estórias e de como todos
gostariam de ir visitar San Marco Argentano!
Ronaldo Parisi
neto de Pascoal Parisi
(Acima: Pascoal Parisi, a Praza_Se, a família de Ronaldo Parisi. Abaixo:
Largo Sao, Largo Tesouro, Santo Antonio em São Paolo)
Nosso ascendente Pietro Talarico chegou ao Brasil em 1895, acompanhado de seu filho
Pasquale, na ocasião com quatro anos, e sua esposa Maria, com dezoito anos.
S. Pedro, como era conhecido, inclusive com uma rua o homenageado aqui em Suzano,
teve mais 7 filhos: Pasquale, Salvatore morto no navio aos 3 meses, Emílio,
Vicente, Pedro, Henrique e Adelina.
Porém falarei de Pasquale, ou Paschoal, meu bisavô. Um homem forte,
amigo dos amigos, companheiro, que em 1913 casou-se com Olímpia Bertoni, filha de
imigrantes italianos. Tiveram cinco filhos, os quais em ordem de nascimento: Benedito,
Ondina, Anita, Izabel e Maria.
Izabel, minha avó nasceu em 1920, casou-se com o Sr. Manoel, e em 1943 tiveram
um filho chamado Nevacir, nosso pai, o qual casou-se em 1970 com a Senhora Lorani.
E assim por todas estas gerações, os Talarico destacam-se pela garra,
honestidade, alegria de viver, sempre unidos e cuidando uns dos outros.
Somos em três irmãos: Renato (casado com a Sra. Silvia), Carlos (casado
com a Sra. Carla) e Ana Paula (Casada com o Sr. Marcio), mantendo as tradições
italianas, fazendo o melhor vinho do Brasil, um pão inigualável, uma
pasta sem igual, um salame dos deuses, uma Lingüiça Calabresa como só
existe em San Marco Argentano.
Depois de nós, já tem mais Talarico pronto para vencer: Renatinho,
Luiza, Rafaela, Marília, Lucas e Raul. É muito bom ser Descendente
de italianos, é muito bom ser Talarico, é muito bom ser meio filho
de uma pátria tão linda, como a Itália da minha vida.
Na foto acima, de esquerda: Renato, Carlos, Ana Paula e os pais Lorani e Nevacir.
Na foto á direita o Renatinho.
Renato Talarico
Suzano ? São Paulo - Brasil
Meu bisavo Vincenzo veio para o Brasil com o irmão Giuseppe. Desembarcaram
em Santos, litoral da cidade de São Paulo. Vincenzo casou-se com Maria Contin
Storino filha de imigrantes austricos. Vincenzo e Giuseppe se mudaram para uma cidade
chamada Aaraquara, interior de Sao Paulo. E la viveram. Eles ajudou a construir
boa parte da cidade. Ele e o Giuseppe calçaram praticamente todas as ruas
desta cidade. Ajudaram a construir o pais em que vivo. Vincenzo foi um grande empreendedor
no Brasil. Morreu em 1963 aos 63 anos.
Vincenzo teve quatro filhos (Antonio - meu avo, Lolita, Adir, Oswaldo). Antonio
casou-se com Mercedes, filha de imigrantes espanhois e deu origem a mais quatro
filhos (Suely - minha mae, Vicente, Eliana e Carlos). Os decendentes do Pasquale
estão na cidade de São Paulo. Os do Giusepe não tive mais notícias.
Não sei se ele voltou para italia ou ficou aqui no Brasil.
Marcello Storino
FAMÍLIA "STORINO" NA BAHIA
Conforme narra o historiador nato Pasquale Magnavita (
FAMÍLIA
MAGNAVITA) em sua apostila "Minhas Viagens-1897-1972" elaborada
por sua nora Silvia Passos Spinola Magnavita casada com Armando Salvador Magnavita,
a família Storino:
"Casou-se Adelina Storino com Agostinho, esta filha de Giuseppe Storino..."
Agostinho era na verdade o Sr. Martino Pietro Francesco Magnavita (13.11.1864 Paola)
que aportuguesou seu nome para fugir das persiguições da II Guerra
Mundial em que a Itália se aliou a Alemanha.
O nome completo dela era Adelina Maria Fortunata Storino (1.1.1876 Paola) depois
de casada muda para Adelina Maria Fortunata Magnavita. Eles tiveram 10 filhos:
1 - Francesco Storino Magnavita (9.2.1899-Paola) casado com Justina
Sivano Juguet Magnavita e em segunda núpcias com Amélia Maria de Souza.
2 - Silvio Magnavita (29.3.1901) casado com Eleonisia Ribeiro de Deus
Magnavita .
3 - Honorina Magnavita Gross (15.2.1903) casada com Rafael Gross depois
com Nicola Martire.
4 - Maltides Magnavita (27.4.1904) casada com Nicola Martire.
5 - Eugenio Magnavita (18.2.1907) casado com Gertrudes Oliveira Magnavita.
6 - Ida Magnavita Bezerra (10.1.1909) casada com Gabriel Torres Bezerra.
7 - Aluysio Magnavita (9.10.1910) casado com Adalgisa Oliveira Magnavita.
8 - Arnaldo Magnavita (6.11.1911)
9 - Boaventura Magnavita (5.2.1914)
10 - Agostino Magnavita (27.4.1916) casado com Raquel Magnavita.
Todos os demais, com exceção do primeiro, eram nascidos em Canavieiras,
no Estado da Bahia ? Brasil.
RESUMO DOS "STORINOS" DE PAOLA (COSENZA-ITALIA)
PAIS DE ADELINA STORINO: GIUSEPPI STORINO E MARIA CARMELA CILENTO.
FILHOS DA "VELHA" FILOMENA - SETTÍMIA STORINO - ANTONIO STORINO
- GIULIA STORINO
Não temos informação se os demais Storinos que vieram para
Canavieiras na Bahia eram irmãos de Adelina Storino ou sobrinhos. Todos são
citados em varias passagens nas narrações de Pasquale Magnavita, filho
de Benino Magnavita e Maria Luiga Condino, cuja irmã Filomena Magnavita (Falecida
em 4.9.1955)era casada com Salvador Storino.(falecido em 23.1.1944 todos primos
entre si desde o pai. Tiveram os seguintes filhos: Alberto Magnavita Storino, Euvidio
Magnavita Storino (18.4.1909) e Itália Magnavita Storino Tosto (4.10 1907)
casada com Raphael Tosto (10.11.1900 Paola) ele filho de Domenico Tosto.
OUTROS NOMES QUE CHEGARAM DA ITALIA
A maioria da família Storino veio para Belmonte em 1902 na companhia de Peppino
(Giuseppe Magnavita) irmão de Pasquale Magnavita casado com Vicentina Tosto,
onde já estavam Salvador Storino e Peppino (Giuseppi Storino) com casa de
negocio na praça Calábria, e também ambulante em conoa no Rio Jequitinhonha.
1-Maria Francesca Storino
2-Maria Storino casada com Luigi Carnevali estavam residindo em Canavieiras.
3-Gersomina Storino
4-Durval Storino
ESSES PERMANECERAM EM PAOLA
1-Prof. Raffaele Storino
2-Sacerdote Vincenzo Storino
3-Irmão ou tio médico Giuseppe Cilento que atestou o laudo para que
Adelina casasse em sua residência narrado em família "Magnavita"
no "site" de Paolo Chiaselotti. Maria Carmela Cilento passa a chamar-se
Carmela Storino. Maiores detalhes poderá ser obtido de
frednogueira@hotmail.com ou pelo telefone 71- 3359-7561.
Frederico Rodrigues Magnavita Nogueira Filho
Meu bisavo Domenico Antonio, natural de Rota Greca, Cosenza, nasceu em 1865, filho
de Antonio Giuseppe Donato e Elisabetta Muzzilla. Casou em 17/10/1889 com Maria
Carmela
Parisi, natural de San Marco Argentano,
nascida em 21.05.1861, filha de Filippo Gennaro Parisi e Maria Francesca
Carnevale. Tiveram quatro filhos, três na Itália e um no Brasil:
na Itália nasceram Elisabetta Maria Chiara em 1890, Pasqualina Elisabetta
em 1892 e Francesco Giuseppe em 23.07.1893. No Brasil, na cidade de Sorocaba/SP,
nasceu a filha Macolata em 28.07.1900. Domenico Antonio veio para o Brasil em maio
de 1894, indo morar em Sorocaba /SP com parentes que já se encontravam
aqui, deixando a esposa Maria Carmela e seu filho Francesco Giuseppe em San Marco
Argentano.
Maria Carmela veio para o Brasil em 1898 apenas com seu filho Francesco Giuseppe,
pois suas duas primeiras filhas faleceram ainda bebês. Aqui chegando no mês
de agosto, foi ao encontro do marido Domenico Antonio na cidade de Sorocaba. Residiram
na Rua da Penha, na região central da cidade. Em 1900, alguns meses antes
do nascimento da sua filha Macolata, Domenico Antonio faleceu em Sorocaba, vítima
do surto de febre amarela que atingiu a região. Maria Carmela e seus dois
filhos: Francesco Giuseppe (Francisco José) e Macolata se mudaram em 1910
para a Capital de São Paulo. Maria Carmela faleceu em São Paulo no
dia 01.06.1944 com a idade de 83 anos.
Francesco Giuseppe (Francisco José Donato) chegou no Brasil com 5 anos, fez
o curso primário em Sorocaba no período noturno, pois teve que trabalhar
ainda menino para ajudar no sustento da família, após a morte de seu
pai. Foi ajudante de barbeiro e mais tarde trabalhou com seu tio no comércio.
Ao se mudar para a Capital de São Paulo, pode continuar seus estudos com
muito sacrifício, tendo se formado Contador e mais tarde, jã casado,
bacharelou-se em Engenharia Química. Casou em 23.12.1915 com Antonia Franchini
(Tonina), filha do professor
Miguel Franchini [1],
italiano natural da cidade de Turi, em Bari e que lecionou no Ginásio de
San Marco Argentano, tendo sido conhecido de Maria Carmela. Tiveram quatro filhos:
Antonio Miguel (Tonico) nascido em 19.12.1916, Ari nascido em 10.12.1918, Lourdes
nascida em 13.12.1920 e Danton Erasmo nascido em 27.07.1924. Trabalhou em grandes
empresas até o ano de 1963 quando se aposentou. Faleceu em 26.06.1965, um
mês antes de completar 72 anos.
Vieram para o Brasil também os irmaõs de Domenico Antonio.
Salvatore e a mulher Maria Giuseppa
De Carlo
(tia Pepa) viveram em Sorocaba e em São Roque (cidade próxima a Sorocaba).
Não tiveram filhos.
Anna Maria veio para o Brasil casada com Salvatore
Argento e viveu na cidade de Sorocaba até a morte, tendo constituído
uma família bem grande.
Filomena casou com Jácomo (ou Giacomo) Berardinelli e viveu em São
Paulo, no bairro da Lapa, até a sua morte. Morava em uma casa "estilo
Castelo", construída pelo irmão Domenico Antonio, na rua principal
do bairro (Rua 12 de outubro), ao lado da Estação Ferroviária.
Meu pai contava que, quando criança, costumava passar as férias escolares
em sua casa, uma verdadeira chácara repleta de árvores frutíferas
com muitos animais de criação, tais como vacas, porcos e galinhas.
Depois de sua morte, no local onde foi a casa da tia Filomena, como a chamávamos,
foi construído o Mercado Municipal da Lapa.
Gostaria de receber informações de outros parentes de minha família
Donato que vieram para o Brasil ou que ainda estejam em San Marco Argentano. Meu
e-mail:
francdonato@uol.com.br
[1] Em 2009 completam 120 anos que o meu bisavô
Miguel Franchini chegou ao Brasil, no porto do Rio de Janeiro. Nesse dia foi proclamada
a República do Brasil pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que "presenteou"
todos os imigrantes que aqui chegaram nesse dia 15 de novembro de 1889 com o título
de Cidadão Brasileiro. E assim, a partir desse importante dia para os brasileiros
tinha início o ramo da nossa família Franchini no Brasil.
Do Rio de Janeiro ele foi para o interior de São Paulo morar na cidade de
Serra Negra, distante apenas 50 km aqui de Jaguariúna.
Foi professor na cidade vizinha de Amparo, na época importante centro comercial
e industrial da região, onde fundou a Escola Italo-Brasileira.
Anos depois casou com uma das filhas do amigo de seu pai, morador de Serra Negra,
que o recebeu quando aqui chegou e que se chamava Paulina (Maria Paula Massa Fiori),
com quem teve oito filhos - quatro homens e quatro mulheres. Delas apenas minha
avó casou-se.
O bisavô Franchini morou alguns anos em Amparo, depois mudou-se para São
Paulo - Capital, onde nasceu minha avó Antonia Franchini Donato, e onde faleceu
em 1954 no mês de maio.
F.J.D.n.
Prima di tutto un saluto a tutta la mia famiglia in Brasile ...
Nos “Registri dello Stato Civile” da minha família na Itália,
na cidade de Mongrassano em Calabria, um vilagio de origem albanesa, esta constatado
o início da nossa história. Os Calabreses são conhecidos como
“aqueles cuja fé e força ajudam a transformar barreiras e construir
muito do nosso solo”. Com a dificuldade pós guerra, muitos italianos
deixaram seu país por volta de 1950.
Entretanto, com a chegado de meu avô ao Brasil, tudo começou....
Casou-se com uma senhora brasiliana, que quando jovem era belíssima, nasceu
meu Pai e minha Tia. Os anos iriam se passando, meu avô e minha avó
sempre trabalhando bastante para oferecer o melhor para seus filhos -protecionismo
é caracteristíco dos italianos- rsss.
Em 1982 José casou-se com minha mamma, nasce eu Vitor A. Milicchio, primo
neto. Sempre um “piccolino” atentado, porém muito esperto a tudo
que acontecia ao seu redor. Durante meu desenvolvimento, eu passava a maior parte
do tempo com minha nonna, à belíssima, rsss, que tinha fortes raizes
culturais italianas. Praticamente todos os domingos eu almoçava na casa dela,
de fato, acompanhava o campeonato italiano sentado na poltrona ao lado de meu nonno.
Ahh como eu gostava.
Passado alguns bons anos eu comecei a Universidade, cursava Biologia, e um dos meus
sonhos era viajar para a Itália. Ao término do curso em 2006, meu
nonno me presenteou com um “biglietto” para eu conhecer a cidade e a
cultura que tanto guarda no cuore.
Enfim, estou eu aqui, habito na cidade de San Marco Argentano, vizinha a Mongrassano.
Conheci diferentes formas de cultura e hoje, entendo melhor meu avô. Sou muito
feliz por toda essa história vitoriosa, não é fácil
viver longe da família biológica porém, “todo homem inteligente
deve inteirar-se de sua ascendência, das muitas influências e das mais
variadas inclinações que poderão ser observadas ao longo de
sua jornada” afinal, só o ser ignorante é que descende de si
mesmo. Obrigado família Milicchio.
(Nas fotos, sobre o Camillo e a Layde, ao lado uma imagem das Jornadas Normanas
em San Marco Argentano)
Vitor Augusto Milicchio
Meu e-mail:
vmilicchio@yahoo.com.br
Santo Clausi e Maria Raffaela
Vivona são
pais de Giuseppina Clausi, mãe de meu avô Moacyr Clausi da Luz - nascido
em 1915 - filho único. Moacyr teve 1 filho e 4 filhas no Rio de Janeiro.
Todos meus primos mantiveram o sobrenome Clausi.
No Brasil acho que somos únicos, pois a Carmela casou na Itália com
um maestro, músico Irineu Mecarelle, ele veio se apresentar no Teatro municipal
do Rio de Janeiro e ficou amigo de Manoel da Luz que cantava ópera. A Carmela
perguntou ao Manoel se ele queria casar com a irmã dela. Eles noivaram por
correspondêcia assim Giuseppina veio para casar aqui ... ambas só tiveram
1 filho cada ... Somos poucos mas todos com dons para música e pintura. O
filho da Giuseppina além de clarinetista formado foi dentista também
... fez duas faculdades.
E pensar que seus avós moravam num pequeno lugar chamado "
Manca
Castagna" em San Marco Argentano, uma pequena cidade da Calabria!
(Na foto Giuseppina Clausi com o marido Manoel da Luz e o filho Moacyr)
Christina Coelho (bisneta)
Vincenzo Matallo (Vicente) veio para o Brasil da Itália e em 1911 fundou
o Guarani Futebol Clube, Campeão Brasileiro de Futebol em 1978.
http://www.guaranifc.com.br
Historia da Fundação do Guarani Futebol Clube em Campinas, à
02 de Abril de 1911.
Em Campinas, um Largo no centro da cidade rodeado de Palmeiras Imperiais é
ponto de encontro de jovens para a pratica do futebol, esporte que se popularizava
rapidamente na cidade, estes jovens resolvem marcar uma reunião para a fundação
de mais um time de futebol na cidade, a data marcada foi 1° de abril de 1911,
sábado, à tarde, na reunião próxima da esquina da Rua
Irmã Serafina com a Rua Conceição, compareceram ao menos doze jovens,
sendo que dois eram italianos: Vicente Matallo (18 anos) e Antonio de Lucca (16).
Nove eram filhos de imigrantes italianos: Pompeo de Vito (15 anos), seu irmão
Romeo Antonio de Vito (16), Angelo Panattoni (16), José Trani (16), Julio
Palmieri (16), Hernani Felippo Matallo (16), Miguel Grecco (17), José Giardini
(18) e Luiz Bertoni (19). Alfredo Seiffert Jaboby Junior (18) era o único
de família oriunda da Alemanha.
Dos fundadores do Guarani Futebol Clube três eram italianos da Província
de Cosenza, região da Calábria na Itália.
Vincenzo Matallo - nascido em San Marco Argentano, Província de Cosenza
na Itália em 22/09/1892, faleceu em 29/11/1983 aos 91 anos no Rio de Janeiro/RJ,
está sepultado em Campinas/SP, Marceneiro, 18 anos na fundação,
Primeiro Presidente do Guarani Futebol Clube.
Hernane Felippo Matallo, primo do Vincenzo, nasceu em Campinas em 27/01/1895,
estudante do Gymnásio, tinha 16 anos na fundação, estudou Farmacologia
em São Paulo, faleceu em 31/03/1945 aos 50 anos em Campinas/SP onde está
sepultado.
Antonio de Lucca - nascido em Belvedere Marittimo, Província de Cosenza
na Itália em 09/01/1895, faleceu em 04/09/1956 aos 61 em Campinas onde está
sepultado, Oficial de Barbearia, tinha 16 anos na fundação, Cobrador
em 1.o de abril de 1911, 1.o Fiscal em 9 de abril de 1911.
(Na foto Vicente e Hernani Matallo e Antonio De Luca)
Moisés Cunha
http://www.planetaguarani.com.br
[Algumas fotos por Ana Maria Lancellotti - História em construção]
Filhas de Giovanni e Francisca, Maria Aparecida e Ilda Nair.
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Foto de 1948, Giovanni B. Lancellotti com sua mulher (de óculos) M. Francisca
Fragalle. Atrás seu filho (meu pai) João B. Lancellotti de camisa
escura, eu no colo da minha mãe. Sentada na grama Maria Aparecidade P. Pimental
filha de Giovanni e seu filho Adelino P. Pimentel. A direita de Giovanni sua cunhada
Carmen Fragalle, seu marido e atrás sua filha com seu marido.
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Eduardo Lancellotti e sua Mãe Francisca.
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Giovanni Lancellotti c/ sua esposa Fancisca e a cunhada Carmen Fragalle.
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Meus pais, João B. Lancellotti e Carmen Forte Lancellotti (foto de 1945).
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