ERNESTO (Hortencio)
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BENINO
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ALESSANDRO
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ERCOLE (Herculano)
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GIOVANNI (João)
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LUIGI
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árvore genéalogica
Se os homens das cavernas escreviam nas paredes
mostrando que eles existiram através dos hieróglifos,
quem somos nós para deixar de anotar em computadores
aqueles que nos antecederam.
F.R.M.N.
MARTINO PIETRO FRANCESCO MAGNAVITA
Nasceu em Paola na província de Cosenza - Itália, em 13 de novembro
de 1864 às 12 horas na Rua Rocchetta. Seus pais eram: Salvadore Magnavita
di Francesco e Maria Francesca Condino di Carlo, ambos também de Paola.
Seus irmãos:
Benino Magnavita casado com
Maria Luigia Condino; Giovanni Magnavita (João) com Adelina Cesário;
Ercole(Herculano) com Maria do Rosário depois com Laureta Cilento, Alessandro
com Venera Perrota; Luigi (Luis) com Filomena Perrota e
Ernesto (Hortêncio) com Tereza Madeira (Matera) e suas irmãs
ficaram na Itália.
Martino Magnavita que depois aportuguesou o nome para Agostinho Magnavita chegou
ao Brasil com o intuito de ficar rico e voltar para se casar com
Adelina Maria Fortunata Storino, nascida em 1.1.1876, filha de Giuseppe
Storino e Maria Carmela Cilento.
Ao contrário dos 98 % dos italianos que foram para São Paulo e
ao Sul do país para trabalhar na lavoura do café, vinho etc, ele chegou
em Canavierias, jovem, com a ajuda dos patrícios Antonio Itria, o filho Giacomo
Itria , o genro deste Ercole Magnavita (Herculano), casado com a filha Maria do
Rosário Itria. Martino Magnavita (Agostino como era mais conhecido) em 1891
já tinha uma propriedade registrada no cartório, um armazém
de cacau na R. Felinto Mello 13, no centro de Canavieiras.
Ele retorna a Itália e casa-se com o grande amor de sua vida aos 32 anos
em 9 de julho de 1897, na Rua Corso Garibaldi, 93, ela com 21 anos. Este acontecimento
está registrado na peça teatral musicada com a direção
do seu bisneto, jornalista Antonio Cláudio Magnavita Castro chamada "COMUNITÁ"
em cartaz no Rio e S.Paulo com o maior sucesso.
Curiosa é a observação na ata de casamento onde Adelina querendo
casar em sua própria casa pede ao Tio Giuseppe que era médico, um
atestado para não se deslocar ao cartório e esse anota que ela tem
reumatismo. O pretexto é aceito e a festa de casamento é logo a seguir
em suas dependências as 21:50 horas. Fecha a ata com a seguinte frase: "O
esposo e a esposa sabiam assinar".
Como referência a data da chegada ao Brasil para o Setor de Naturalização
e Nacionalização do Ministério da Justiça ficou registrada
como sendo em 28.12.1898 no navio Lãs Palmas. Não só Martino
como vários Magnavitas tiveram passagens no setor de imigração
das alfândegas brasileiras.
Em Paola nasceu Francisco Storino Magnavita, casado com Justina Juguet Magnavita
e em segunda núpcias com Amélia Maria de Souza, no Brasil nasceram:
Silvio Magnavita (Comerciante, Vereador de Canavieiras-PSD), provedor da Santa Casa
e Presidente da Lira do Comercio), casado com Eleonisia Ribeiro de Deus descendente
dos fundadores de Canavieiras (Antonio Dias Ribeiro,1746, Jose Archanjo Ribeiro
*19.9.1833 +5.7.1862), Honorina Magnavita Gross, casada com Rafael Gross;
Matildes Magnavita Martire, casada com Nicola Martire; Eugenio Magnavita, casado
com Valtrudes Oliveira Magnavita; Ida Magnavita Bezerra, casada com Gabriel Torres
Bezerra: Aluysio Magnavita, casado com Adalgisa Oliveira Magnavita; Arnaldo Magnavita;
Boaventura Magnavita; Agostinho Magnavita, casado com Rachel Magnavita . Os magnavitas
se estabeleceram em Canavieiras, Salvador, Belmonte, Ilhéus, Itabuna e Rio
de Janeiro.
Os laços entre Brasil e Itália se estreitaram quando do casamento
do Imperador Pedro II com a Princesa Tereza Cristina Maria, filha do rei das Duas
Sicilias. A irmã de D.Pedro II também viria a se casar com o Conde
d'Aquila irmão da Imperatriz. Esses dois casamentos uniram real e potencialmente
o Brasil a uma das mais prestigiosas casas coroadas da Itália.
Os imigrantes levavam quase 30 dias para chegar ao destino. Atravessavam o oceano
perigoso, desde Santos até o Mar Mediterrâneo, Ligúria, (Genova)
onde pernoitava e pegava o trem para Paola (Tirreno). Os desbravadores largaram
a terra natal, em plena unificação para buscar melhores condições
de vida numa terra desconhecida.
Nada acontece ao acaso como sabemos. Nas condições mais adversas de
transporte e comunicação nas terras do sul da Bahia com cobras e todo
tipo de enfermidades dos trópicos. Com o calor insuportável até
a nova adaptação, pois se trabalhava cedo, até às 9
horas e retornava as 16:00 horas até o escurecer. Naquela época já
fazia o comercio do cacau no armazém "ORQUIMA" Industria química
Reunidas S.A. de sua propriedade. Após o jantar, todos os dias, Martino sentava
próximo da praça do porto de Canavieiras para conversar com seu melhor
amigo Salvador Minervino, casado com Ajiulina de Ceta.
Era a compensação após um dia de trabalho, a noite fresca e
o descanso merecido.
Na travessia corajosa do oceano imenso que certa vez afundou o navio "Mafalda"
com 300 pessoas mortas, os imigrantes não se deixavam desanimar.
Navegavam nos porões em condições desumanas e alguns morriam
no caminho. Na quarentena quando da chegada aos portos era humilhante a separação,
mas necessária para não trazer doenças infecto-contagiosas
ao novo país.
Foi com a epidemia da "peste negra" que milhares de pessoas morreram na
Europa. Logo após a saída de quase 1 milhão e meio de Europeus
estourou a I Guerra Mundial. Mesmo tendo que desbravar um novo território
como verdadeiros expedicionários, esses corajosos imigrantes, em particular
nossos bisavós que enfrentaram as adversidades para a própria felicidade
de cada um. Hoje somos ramificações ou membros desta grande arvore
genealógica graças a esses inspirados heróis. Outras catástrofes
também rondavam o velho mundo como declara Pasquale Magnavita (Minhas Viagens,
p.20):
"Familiares de Messina pereceram no Terremoto em 28 de Dezembro de 1908".
Sem levar em consideração que perto dali existe um vulcão chamado
"Vesúvio" que em tempos passados petrificou pessoas e acabou com
a cidade de Pompéia. Foi nesse mesmo território da Itália,
parte do palco central da II grande Guerra Mundial onde morreram 22 milhões
de pessoas.
Os imigrantes italianos contribuíram com o desenvolvimento do sul do Estado
da Bahia e hoje ocupam os cargos nas prefeituras, governos, embaixadas, universidades.
Em seguindo os conselhos da carta de Pero Vaz de Caminha "que se plantando
tudo dá" cultivavam o cacau. Os italianos se integraram perfeitamente
em todas as áreas de trabalho fazendo parte da índole do povo brasileiro
receptivo e hospitaleiro.
A terceira geração dos descendentes de italianos no Brasil (Bahia)
na grande "árvore Genealógica dos Magnavitas", estão
os filhos de Silvio Magnavita e Eleonisia Ribeiro de Deus Magnavita que cedo deixaram
a vida no interior para buscar melhores colégios na Capital e por lá
ficaram: Valma Seda (Professora) casada com Célio Seda (comandante do esquadrão
de Transporte aéreo do Amazonas), Raymunda Magnavita Nogueira (Pecuarista)
casada com Frederico Rodrigues Nogueira (Funcionário da Petrobras), Dilma
Magnavita Castro (Proprietária do Jornal de Turismo do Rio) casada com Waldir
Araujo Castro (Delegado Regional do Ministério da Educação
da Bahia e Sergipe), Silvia Magnavita Barbosa (Comerciante) casada com Guede Barbosa
(Capitão dos Portos do Espírito Santo), Domingos Augustinho de Deus
Magnavita (Representante de Laboratório) casado com Daiva Souza Magnavita
(Funcionária Pública Federal), Selma Magnavita Menezes (Professora
e Presidente do Movimento das Donas de Casa) casada e com Marcio Seabra Menezes
(Diretor da Instalofone), Francisco Elmo de Deus Magnavita (Funcionário Publico
Federal do DNER) casado com Itassucê Moreira Magnavita (Funcionária
Publica Estadual ex-diretora do C.E Eduardo Mamed).
Cada um desses filhos já geraram uma media de 3 outros filhos. Alguns dos
nomes acima já se aposentaram outros morreram para dar continuidade a mais
gente que vem chegando como tataranetos. Assim inicia-se a 5° geração
dos brasileiros descendentes de Italianos.
Em breve será editado o livro "Italianos na Boa-Terra" com toda
a arvore genealógica dos Magnavitas pesquisadas no Brasil.
Outro fato relevante que aconteceu recentemente na vida desse tronco dos Magnavitas
que deve ser considerado um milagre foi o desimpedimento judicial da propriedade
narrada no inicio quando da chegada ao Brasil de Martino comprada dele por Silvio.
Só agora recentemente foi liberada e vendida.
Cento e quinze anos após a sua chegada, todos os filhos receberam o premio
em memória dos que se sacrificaram. Humildemente, pode-se dizer que eles
estão atentos a tudo o que acontece no ramo familiar e que cada um merece
aquilo que planta.
Assim como não somos um país sem memória, não somos
também uma família sem elo. Existe um dia no ano onde todos são
convidados para conversar, tirar fotografias e levar um prato para almoçar
juntos com José Magnavita Menezes e Luis Antonio Magnavita Chetto.
Frederico Rodrigues Magnavita Nogueira Filho
e Marilena Henklain Garcia Nogueira (bisnetos)