João Magnavita nasceu em 1866 na cidade de Paola, região administrativa
da Calábria, no sul da Itália, filho de Salvadore Magnavita e de dona
Maria Francesca Magnavita. Foram seus irmãos: Martino (Agostinho), Alexandre,
Ernesto(Hortencio), Ercole (Herculano), Luigi (Luis) e Benino.
Giovanni era muito jovem quando chegou ao Brasil, no final do século XIX, onde
se casou com Adelina Cesario Magnavita, também natural de Paola. Dessa união
nasceram os filhos Alda, Francisca, Gisberto, Lilá, Mario (meu pai), Otaviano,
Pedro, Rizero, Silvia e Alberto.
Na Itália Giovanni estudou apenas o primário. Era mestre alfaiate de profissão,
comerciante cultivador de uvas. Pressionado pelos problemas de ordem política
e econômica, como resultado da unificação do país e sua conseqüente
adesão ao mundo capitalista. Giovanni resolveu imigrar para o Brasil junto
com outras pessoas da família.
No Brasil, assim como outras pessoas da família Magnavita dedicaram-se ao cultivo
do cacau no município de Belmonte. O cacau era uma cultura que vinha ganhando
espaço no sul da Bahia.
Embora fosse perdendo parte dos costumes culturais italianos a culinária mantinha-se
especial. Eram tradicionais as reuniões em família e amigos com refeições
fartas. Apreciavam a polenta, o salame, a lingüiça, a mortadela, a macarronada
feitos pela própria família que por sua vez passavam aos seus descendentes.
Dizem os antigos que os imigrantes italianos de Belmonte tinham campo de golfe e
quadra de tênis. Outra característica cultural das famílias de imigrantes
italianos era o gosto pela musica italiana orquestrada.
Os Magnavitas são a mais extensa família de imigrantes italianos no sul
da Bahia e talvez do Brasil. Hoje eles estão espalhados em todo o território
nacional seja como lavradores, políticos, empresários ou funcionários
públicos. Giovanni faleceu em 1918 aos 52 anos de idade.
Na foto, de 21 de Setembro de 1952, a família Magnavita reunida em plena
harmonia na porta da residência na Rua Marechal Deodoro em Belmonte, Bahia.
Adelina Cesário Magnavita, minha bisavó, já viúva, está
sentada ao lado de sua filha Silvia, de sua neta Enóe e outros netos. Outras
pessoas são o filho Rizeiro e as filhas Lila e Francisca, minha avó,
com o seu esposo João Ferreira dos Santos e o filho Osmar.
Tenho orgulho de pertencer a esta família.